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Hoje: Ainda não visitou a Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra?

Após três anos sem possibilidade de realização (motivada pela pandemia), a XII Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra regressou à cidade, num formato e programação renovados e inovadores que cruzam a tradição com a contemporaneidade.

A XII edição do evento marca presença no Convento São Francisco (CSF) e na Capela da Ordem Terceira, promovendo as dinâmicas entre o património imaterial e o material, bem como o diálogo com diversas formas de arte, conhecimento e entretenimento.

A iniciativa da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, em parceria com a Associação de Doceiros de Coimbra (ADOC) e com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC), esteve de portas abertas este sábado, das 14h00 às 22h00, e amanhã, domingo, das 10h00 às 19h00, com entrada livre.

 

Em articulação com os demais parceiros, o Município de Coimbra pretende dar continuidade ao trabalho de salvaguarda e de preservação do património alimentar doceiro e, em paralelo, estimular o desenvolvimento da inovação e o conhecimento desta arte de saber-fazer.

 

A XII edição da Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra conta com a participação de 37 expositores doceiros, com destaque para a presença de um expositor internacional, de Santiago de Compostela, cidade geminada com Coimbra.

O mote do certame é a herança doceira, legado de congregações religiosas dos três conventos de Coimbra – Celas, Santa Clara e Sant’Anna –, de que são exemplos o pastel de Santa Clara, a arrufada de Coimbra ou o pudim das Clarissas. Além dos doces e licores conventuais de Coimbra e da região centro, disponibilizados por expositores oriundos de Alcobaça, Alfeizerão, Ançã, Aveiro, Figueira da Foz, Lamego, Leiria, Lorvão, Ovar, Pereira, Tentúgal e Tomar vai ser possível, ainda, ser degustados doces típicos da região norte (Amarante, Caldas de Vizela, Felgueiras, Régua e Santa Maria da Feira) e do sul do país (Évora, Reguengos de Monsaraz e Silves).

 

A notável arte de manusear ingredientes como o açúcar, os ovos, a farinha, a amêndoa, entre outros, poderá ser comprovada pelos visitantes ao saborearem especialidades doceiras como: papos d´anjo; foguetes; lérias; queijadas de São Gonçalo; brisas do Tâmega; pasteis e  queijadas de Tentúgal e de Évora; pão de ló de Ovar, Margaride e Alfeizeirão; suspiros; ovos moles; cacos; castanhas de ovos; fidalguinhos; raivas; São Gonçalinhos; bolinhol; cavacas; sopa dourada; trouxas de ovos; cornucópias; toucinho do céu; bolo real de São Bernardo; hóstias celestiais; queijinhos do céu; brisas do Lis; pão de rala; ensopado de noz; sericaia; encharcada; morgado; fidalgo; regueifa; fogaça; bolo do convento; pasteis e nevadas de Lorvão; fatias de Tomar; D. Rodrigo; queijinhos de figo; os rebuçados da Régua; entre muitos outros exemplares que, por certo, vão fazer jus à riqueza dos nomes, das formas, das cores mas, acima de tudo, da qualidade dos sabores inigualáveis da doçaria conventual e contemporânea que Portugal oferece.

 

A renovação do evento fica também marcada pela programação em outros espaços, nomeadamente no Convento São Francisco e na Capela da Ordem Terceira, refletindo o alinhamento da escolha dos espaços com a dimensão tradicional e contemporânea que ambos transportam, criando ressonâncias entre o património imaterial e o edificado. Nesta edição juntam-se, entre outras propostas, workshops, uma performance teatral, dois concertos e um recital de poesia a cargo de Pedro Lamares.

 

 Na programação de domingo, para além dos workshops “Uma Rosa para a Rainha” (ADOC) e de “Os Doces Também se Bebem” (EHTC), salienta-se a tertúlia com degustação “Comer com os Olhos”, uma conversa entre Guida Cândido (autora de livros, artigos científicos e publicações nas áreas da gastronomia, culinária e história da alimentação) e Paulo Queirós (gerente e chef do Cordel Maneirista), apresentados por Catarina Camacho. Destaque ainda para a voz inconfundível de Pedro Lamares, que será o protagonista do recital de poesia “A Poesia é para Comer”. A XII Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra culmina com uma atuação única dos Guitarrinhos do Mondego, da MUS.MUS.CBR - Associação Cultural Museu da Música de Coimbra.

 Programa: domingo, 05 de março

10h00 | Abertura ao público

11h00 | Doces da Casa (ADOC)

Workshop: Uma Rosa para a Rainha

14h00 | Os Doces Também se Bebem (EHTC)
              Chefs: Eduardo Vicente e Luís Gomes

15h00 | Comer com os Olhos

Tertúlia com degustação: Guida Cândido, Paulo Queirós (Cordel Maneirista)

Host: Catarina Camacho

17h00 | A Poesia é para Comer

              Recital de Poesia: Pedro Lamares

18h00 | Guitarrinhos do Mondego

             Mus.Mus.CBR (Associação Cultural Museu da Música de Coimbra)

 

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