Coimbraexplore

View Original

De 21 a 23 de setembro todos os caminhos vão dar ao Festival Apura

A quarta edição do Festival Apura, organizado pela Associação Cultural Apura com o apoio da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, vai decorrer nos dias 21, 22 e 23 de setembro em vários espaços da cidade. Workshops, exposições, instalações, performances, concertos e DJ sets são algumas das proposta para os três dias do festival, que tem como objetivo valorizar a arte criada localmente, promover momentos de formação e reforçar a partilha de conhecimentos, tendo como premissas a democracia cultural, o acesso livre à cultura e a redução das clivagens no acesso ao capital cultural. O Festival Apura, que foi apresentado hoje, 7 de setembro, em conferência de imprensa, vai ter, como habitualmente, um warm-up, nos dias 12, 13, 14 e 17 de setembro. Brito e Mike, B Fachada e projetos literários emergentes do concelho são as propostas para este aquecimento.

O Festival Apura, projeto de arte e música independente, resulta de uma união de esforços entre artistas, entidades e agentes culturais e sociais da cidade, com o objetivo de valorizar a criação artística local, o reforço do cruzamento e partilha de conhecimento e o fomento da democracia cultural e do acesso livre à cultura, sendo a gratuitidade do evento um valor assumido em todas as edições do evento. Com o mote “Apura o teu underground”, os objetivos da presente edição são o mapeamento e o acolhimento de artistas locais e emergentes, dando-lhes espaço para desenvolver o seu trabalho de criação, incentivando a sua representatividade e fomentando o diálogo e a colaboração entre os diversos artistas e comunidades, de forma inclusiva, com abertura para todos os públicos.

 

O evento foi apresentado, esta tarde, em conferência de imprensa, no novo espaço da Casa das Artes Bissaya Barreto, pelo fundador da Associação Cultural Apura, Bernardo Rocha, e representantes das entidades parceiras na organização do festival. O presidente da Câmara, José Manuel Silva, que encerrou os discursos da conferência, realçou que este “é um dos festivais mais estimulantes” que a autarquia poderia apoiar, por “juntar jovens criadores, jovens artistas, com manifestações artísticas distintas”. José Manuel Silva destacou a “dimensão, expressão e personalidade artística” do evento que, sublinhou, “é aberto a todos”, realçando a importância da conjugação de vontades para a realização do evento. “É a conjugar estas sinergias, este tipo de vontades, que conseguimos fazer estes eventos na cidade”, concluiu.

 

A CM de Coimbra apoia financeiramente o Festival Apura, com seis mil euros. A autarquia procura, assim, prosseguir com a implementação de uma estratégia de programação cultural mais vasta e apostar na programação do tecido artístico local emergente, considerando a importância da valorização do património local, designadamente das repúblicas, e reconhecendo o papel estratégico que estes espaços comunitários desempenham na relação da comunidade académica com o tecido cultural e artístico da cidade.

 

Nesta edição, que também conta com o apoio da União de Freguesias de Coimbra e da Critical Software, a organização do festival aposta numa programação que abrange diversos espaços da cidade, desde o Salão Brazil, passando pela Casa das Artes Bissaya Barreto e ainda pela República da Praça, dividindo-se entre workshops, exposições,  instalações, performances, concertos e Dj Sets, ao longo de três dias.

 

O Festival Apura arranca no dia 21 de setembro com o workshop de dança contemporânea da artista multidisciplinar Saeira, a decorrer no Salão Brazil. Nos vários espaços da Casa das Artes Bissaya Barreto, o público poderá assistir a um concerto de Luís Antero e Synapse Archives, na cave, e às atuações de Gume, Lucifer Pool Party e The Black Wizards no terraço, complementadas por uma performance de Saeira, na Sala de Exposições. No encerramento do primeiro dia de festival, Van Der e Photonz assumem os DJ Sets nas noites que decorrem na República da Praça.

 

O dia seguinte, 22 de setembro, inicia-se com um workshop de dança tradicional do GEFAC, no Salão Brazil, seguido de um concerto por Rodrigo Silveira, matinée com Farofa, e concertos de Victor Torpedo and the Pop Kids, Cows Caos e Guilherme Portugal na Casa das Artes Bissaya Barreto. Arcana, Instrumental Violence e Colectivo Lenha marcam presença na República da Praça.

 

No último dia do festival, Marco Santos assume  o workshop “Corpo do Som” no Salão Brazil. Na Casa das Artes, Matilde Tarrinha e Assafrão demonstram o resultado da resistência artística conjunta com a apresentação de uma performance multidisciplinar, seguindo-se os concertos de Miguel Cordeiro, Tigre, Cachupa Psicadélica, The Rite of Trio e Dead Club. Após os concertos, o festival desloca-se à República da Praça para o culminar dos três dias do evento, com Dj Sets de Pearte e The Ema Tomas.

 

O Festival Apura conta, ainda, na sua programação com exposições e instalações, trazendo artistas locais e nacionais até ao espaço da Casa das Artes. Zabeth, Maria Palma, Babu, Coletivo Gambozino, Inês Santos, Tu Metes Nojo, Brutto, Jonathan Miranda e Colectivo Zás são alguns nomes da proposta artística para este ano.

 

À semelhança das edições anteriores, está prevista a realização de um warm-up na semana que antecede a realização do Festival, que tem como objetivo desenvolver momentos de apresentação e criação de obras artísticas em parceria com agentes culturais locais, de forma a criar o fortalecimento de laços entre o festival e a associação cultural com os diversos artistas e atores do meio cultural da cidade de Coimbra. O aquecimento para o Festival Apura vai acontecer nos dias 12, 13, 14 e 17 de setembro.

O concerto do dia 12 de setembro, em parceria com a Olhar 21, centra-se no diálogo entre Ricardo Brito (baterista de The Parkinsons) e Mike (baterista dos 5.ª Punkada), dois bateristas de referência da cidade de Coimbra. O plano do evento, que tem início às 17h00, tem em vista a performance e logo de seguida vários formatos de convívio, abrindo as portas da República da Praça para quem queira conhecer e estabelecer laços com esta casa histórica da cidade.

 

Nos dias 13 e 14 de setembro, às 23h00, B Fachada apresenta-se na República dos Fantasmas e na Real República Rápo Táxo, para concertos que visam a angariação de fundos para a manutenção das Repúblicas de Coimbra. Para além destes dois concertos, o artista apresenta-se também na Real República do Bota Abaixo e nos Paços da República dos Kágados às 18h00, nos dois dias.

 

Já no dia 17 de setembro, as Galerias de Santa Clara acolhem a apresentação de uma obra literária que reúne contos originais da autoria de vários escritores da cidade, um projeto desenvolvido ao longo dos últimos meses em parceria com o espaço Galerias, a Subsolo e a Associação Cultural Apura. A apresentação do livro “O Não Lugar”, projeto coletivo resultante da parceria do Apura com o projeto Short On Stories, da Subsolo, está agendada para as 17h00. Já às 21h30, está programada uma sessão de cinema emergente ao ar livre, na Casa da Escrita, em parceria com o Centro de Estudos Cinematográficos e a Casa do Cinema de Coimbra, trazendo  filmes de Pedro Réquio e Gonçalo Parreirão.

 

A Associação Cultural Apura é um projeto sem fins lucrativos, que tem como intuito criar um movimento cultural capaz de ser uma plataforma de divulgação, de programação, criação e cocriação artística, fortalecendo a presença de artistas em espaços culturais da cidade de Coimbra com o intuito de ampliar a exposição de obras artísticas locais, nacionais e internacionais na cidade e em todo o seu território regional. Para além disso, tem também como prioridade densificar a sua relação com o tecido de agentes culturais e sociais da cidade de Coimbra. 

See this gallery in the original post