Proposto em 2021 pela Comissão Europeia e, posteriormente, aprovado simultaneamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia, 2022 assumiu-se como o Ano Europeu da Juventude. A população jovem da ‘UE’ é um dos principais fatores na construção de uma Europa unida e próspera, sendo reconhecida através desta celebração.

O futuro que se avizinha aos olhos da UE deverá ser mais inclusivo, ecológico e digital e é nos jovens que esta mudança começa. Como tal, o marcar de um ano focado nos mesmos, foi não só um processo de reflexão daquilo que se pretende para o futuro, mas também o mote para a promoção da participação ativa desta camada populacional que por vezes se esquece do seu papel fundamental no dia a dia e no desenvolvimento do projeto europeu.

O papel do jovem na União Europeia, tende cada vez mais a ser valorizado, não só através destas dinâmicas que os evidenciam, mas também numa perspetiva integrante da sua visão sobre a Europa e sobre o Futuro nas decisões políticas da UE. Para além disto, é de realçar que o desenvolvimento da cooperção europeia neste domínio da juventude, ficou consagrada através da “Estratégia da União Europeia para a Juventude 2019-2027: Envolver, ligar e capacitar os jovens” (UE) que se adotou em 2018 na qual se incentiva a participação dos jovens na vida cívica e democrática e na fomentação da ligação entre os jovens e a UE.

Ademais, foram definidos 11 objetivos para a Juventude Europeia, que contempla grande parte daqueles que foram os pontos-chave das dinâmicas promovidas pela UE no decorrer do Ano Europeu da Juventude, entre eles: “Conectar a UE com a Juventude; Sociedades inclusivas; Informação e diálogo construtivo; Saúde mental e bem-estar; Educação de qualidade; Espaço e participação para todos e Organizações de juventude e programas Europeus (...)”

            Neste que foi o Ano Europeu da Juventude a União Europeia decidiu fornecer e/ou melhorar alguns daqueles que são os programas destinados aos jovens europeus. O EUYouth Dialogue, isto é, um mecanismo de diálogo entre os jovens e os responsáveis políticos; o DiscoverEU que permite aos jovens que têm 18 anos descobrir e viajar na Europa, concedendo passes de viagem aos que forem selecionados; o Programa Erasmus+, talvez o mais divulgado, e que permite aos jovens estudar fora do seu país, adquirindo não só a formação pretendida mas também uma experiência inigualável que contribuirá para as suas bagagens pessoais e profissionais; o EU Aid Volunteers, através do qual um corpo de voluntários se junta com o objetivo de prestar apoio e ajuda humanitária aos mais carenciados; o Eures, que permite aos jovens encontrar mais facilmente emprego no estrangeiro e ainda, o Corpo Europeu de Solidariedade que disponibiliza aos jovens a possibilidade de participarem em atividades de solidariedade dentro e fora do seu país.

Em jeito de conclusão, é importante relembrar que é pelos jovens que passa o Futuro da Europa, destacando a necessidade da sua participação ativa, consciente e informada através da qual se alcançará uma Europa mais unida, aberta, inclusiva, digital e ecológica. Capacitar os jovens promovendo oportunidades é sem dúvida o legado de 2022.

Alexandra Santos, NAPEEC