O programa de férias de verão está de volta ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra!
O programa de férias de verão está de volta ao Jardim Botânico da Universidade de Coimbra!
RE/FORMA vai desenvolver um programa de oficinas para os mais novos durante as férias escolares, em que a Ciência e a Natureza vão de mãos dadas com a Arte.
Vamos cultivar as importantes lições que a Natureza ensina: a possibilidade de regeneração, o sentido de comunidade e continuidade, a reposição da harmonia. Ao mesmo tempo, vamos encontrar nas práticas artísticas os processos necessários para desenvolver espírito crítico, autonomia e criatividade.
Este verão, vamos sentir o Jardim, pintar o corpo de flores, fazer música ao som da Natureza. O magnífico espaço do Jardim Botânico vai servir de palco para este conjunto de atividades, pensadas pelo serviço educativo do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, pela Blue House e pelo Jazz ao Centro Clube.
Destinatários: crianças entre os 6 e os 12 anos.
Datas: julho a setembro, de segunda-feira a sexta-feira (interrupção das atividades entre 1 e 15 de agosto).
Horário: das 9h00 às 17h30.
Inscrições: disponíveis aqui, onde encontra todas as informações necessárias.
A vertente criativa das oficinas de férias do RE/FORMA está a cargo de curadores de diferentes áreas culturais, como músicos, artistas visuais e designers, que acreditam no poder da arte para nos ajudar a imaginar um ‘mundo de amanhã’ melhor e mais colorido.
Semana 1 – 5 a 8 de julho, Pedro Sáfara: As Palavras Dançam!
Na primeira semana de oficinas de verão do RE/FORMA, Pedro Sáfara explora a rítmica da linguagem. Isto porque o Pedro sempre gostou de brincar com as palavras, interessando-se por poesia e filosofia. Nesta atividade, através da dança, do batucar e do dizer, desvendam-se as noções de ritmo poético e de rima, em estreita relação com a música.
Músico brasileiro radicado em Coimbra, é um autodidata que se formou pelas ruas da cidade. Na companhia de Melissa Costa, grava, agora, o seu primeiro álbum de originais, no estúdio da Blue House.
Semana 2 – 11 a 15 de julho, Joana Corker: A Estufa das Plantas Imaginárias
E se pudéssemos criar plantas de acordo com a nossa personalidade, medos e feitios? E se pudéssemos escolher a sua forma, cores e cheiro? No meio da vegetação exuberante do Jardim Botânico, rodeados de orquídeas, nenúfares e grandes árvores, não há limites para a imaginação. A ilustradora e designer, Joana Corker, propõe a construção de uma estufa que abraça a diversidade e a criatividade, através de vários materiais e técnicas artísticas.
Joana Corker nasceu em Coimbra e licenciou-se em Design de Comunicação na mesma cidade. Colaborou com diversas empresas, integrou a associação cultural Lugar Comum, e trabalha enquanto freelancer. Depois de duas décadas a ouvir música, comprar discos e ir a concertos, formou a banda Birds Are Indie.
Semana 3 – 18 a 22 de julho, Rita Joana: Brincando aos Clássicos
A atividade, Brincando aos Clássicos, tem como objetivo explorar ritmos, sons e construção musical nas mais variadas vertentes. Pegando no nome do trabalho de Ana Faria, Rita Joana propõe às crianças uma semana de viagens musicais como caminho para a reflexão e o autoconhecimento: pensar o som, senti-lo e, nele, meditar. Uma excursão às raízes das canções que hoje ouvimos, com influências antigas e de países distantes; e um processo criativo para criarmos as nossas próprias músicas.
A cantora e compositora Rita Joana Pinheiro Maia é uma conimbricense, cuja infância passada na aldeia de Santo Varão, baixo Mondego, ficou marcada pela liberdade do ambiente rural. Os seus gostos para além da música, atravessam o universo da filosofia e do cinema. Lutou pelo estatuto de Cuidador Informal, onde se apresentou na linha da frente. Foi professora de Educação Musical, no ensino público, durante cinco anos.
Semana 4 – 25 a 29 de julho, Papagaya: Exploração Sonora
O que é o som? Qual a diferença entre som e música? É possível criar música sem instrumentos tradicionais? São apenas algumas das questões levantadas durante esta viagem de cinco dias ao mundo da arte experimental - do som à imagem. Todas as crianças serão convidadas a entrar numa excursão única pelo Jardim Botânico da Universidade de Coimbra e dela vão sair grandes exploradores em corpos de pequenos artistas. Experimentar nunca mais vai ser igual!
Papagaya propõem uma visão alternativa do mundo através da exploração de diversas técnicas que dão forma e conteúdo a deformações sonoras e visuais. Brinquedos eletrónicos, bonecas e muitos outros objetos do quotidiano são reinventados, surgindo como a matéria-prima para uma nova linguagem. Nativamente livre e libertadora, é falada sem notas, sem ritmo, sem correntes.
Semana 5 – 16 a 19 agosto, Gonçalo Parreirão: 3,2,1, Ação!
Na quinta semana do serviço educativo do RE/FORMA, os participantes vão ser convidados a realizar um filme-documentário, na companhia de Gonçalo Parreirão. Pretende-se explorar noções de cinema e plasticidade sonora, usando o Jardim Botânico como tinta e tela. Uma caça-ao-tesouro de sons e imagens que farão parte de uma apresentação ao vivo (cine-concerto) pela banda Pešpäkøvå, em outubro.
Gonçalo Parreirão é um músico multi-instrumentista nascido em Coimbra que integra, atualmente, as bandas Pešpäkøvå e Nevoeiro. Dedica grande parte das suas composições à sonorização de filmes, tendo colaborado com a Fila K Cineclube, Fundação Eugénio de Almeida, Fundação Bissaya Barreto e Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra. Realizou bandas sonoras para peças de teatro de diferentes companhias, como a Teatro Loucomotiva.
Semana 6 – 22 a 26 agosto, Ricardo Kalash: O meu jardim é um teatro!
O Jardim Botânico é pano de fundo para os jogos teatrais propostos em mais uma semana de oficinas de verão do RE/FORMA. Nesta atividade, explora-se a voz e o corpo através da brincadeira e do trabalho em equipa. O desafio é arriscar, tendo o Jardim como pano de fundo. Jardim? Não, o Botânico é um cenário! Um cenário vivo que vamos aprender a respeitar, em vez de querer dominar.
Ricardo Kalash nasceu em 1970 e é licenciado em Estudos Artísticos. Colaborou com a EXPO 98 e com grupos como A Escola da Noite, CENDREV e Teatro do Morcego. Trabalha há largos anos na área da formação com instituições como o Museu Nacional de Machado de Castro, o Jardim de infância dos SASUC ou a Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Na área da integração, esteve envolvido em projetos de âmbito teatral com populações que vivem com autismo, esquizofrenia, demência e trissomia 21.
Semana 7 – 29 de agosto a 2 de setembro, Alex Lima: Vivência em Brincadeiras Populares
Alex Lima, convida as crianças a descobrirem um extenso repertório de danças, cantos, ritmos e brincadeiras. Experimentar e redescobrir cantigas e jogos populares, construir brinquedos reaproveitando e reutilizando materiais - criando o novo a partir do antigo.
Alex Lima é músico, instrumentista, intérprete, educador, agente cultural e artista multimédia. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, cresceu em Natal, onde estudou na escola de música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Passando pelas regiões Sul, Centro Oeste e Sudeste, deu continuidade ao trabalho de pesquisa sobre a cultura popular brasileira, colhendo canções que fazem parte do seu repertório. Atualmente, é doutorando em Arte Contemporânea na Universidade de Coimbra.
Semana 8 – 5 a 9 de setembro, Érica Machado: Animando Ideias!
Érika Machado pretende desenvolver com as crianças uma animação e sua sonorização. A proposta é desenvolver, em conjunto, um roteiro, e a partir deste roteiro escolher uma forma de transformá-lo num filme de animação e criar a música que o acompanhará.
Com formação na área de artes visuais, Érika Machado faz uso de diversas linguagens artísticas para construir seu trabalho. Como cantora, instrumentista, compositora e produtora, editou quatro álbuns em nome próprio. Recebeu, entre outros, o prémio de artista revelação pela Associação Paulista dos Críticos de Artes e o prémio CineMulti de animação da Bahia.
Semana 9 – 12 a 16 setembro, Élia Ramalho: Desenho no Botânico
Tomando como ponto de partida a flora do Jardim Botânico, Élia Ramalho convida a explorar as técnicas de desenho utilizadas pelos primeiros investigadores na área, que criavam álbuns ilustrados, hoje verdadeiras obras de arte. As crianças vão criar um diário para registarem plantas em papel reciclado, utilizando lápis de carvão de diferentes números, lápis de cor e aguarela. Os desenhos serão acompanhados de breves textos manuscritos sobre a flora do Jardim.
Élia Ramalho é licenciada em Artes Visuais e Pintura e doutoranda na Faculdade de Letras na Universidade de Coimbra. Expõe, desde 2001, em diversas Bienais de Pintura. Além disso, é professora e editora de livros de arte e educação artística para crianças e jovens; bem como criadora de espaços multidisciplinares em Coimbra: Salão da Frida e Atelier A Fábrica. Trabalhou como artista voluntária em diversas comunidades, nomeadamente em Timor.
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RE/FORMA assinala os 250 anos das Reformas Pombalinas da Universidade de Coimbra - no contexto das quais se inscreve a criação do Jardim Botânico da UC - com um conjunto significativo de atividades que se desenrolam ao longo de 11 meses, de junho de 2022 a abril de 2023. Estas atividades convocam propostas artísticas, educativas e de reflexão muito diversas e que, no entanto, possuem em comum o facto de se situarem na interface da Arte, Ciência e Natureza.
O RE/FORMA é um programa financiado pela Direção-Geral das Artes (Apoio Pontual).