Fundação de Miranda do Corvo propõe Dia dos Trabalhadores de Lares e Residências Sociais
A Fundação Assistência para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP), de Miranda do Corvo, desafiou hoje o país a criar o Dia Nacional dos Trabalhadores de Lares e Residências Sociais.
Em carta enviada ao primeiro-ministro, partidos com assento parlamentar, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) e União das Misericórdias, esta instituição do distrito de Coimbra defende a criação de uma "data anual de homenagem e comemoração do papel de grande importância" desempenhado pelos trabalhadores dos lares e residências sociais.
"O trabalho das Auxiliares, Empregadas de Quarto, Ajudantes de Lar, Ajudantes de Ação Direta é muito importante e esta importância é muitas vezes esquecida pela sociedade", salienta o presidente da Fundação, Jaime Ramos, em comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo o dirigente, "neste contexto da covid-19, mais se evidencia o significado de quem assegura o funcionamento das residências sociais para idosos, doentes crónicos, pessoas com deficiência".
"Muitas profissões e atividades com idêntico interesse têm maior reconhecimento público. As pessoas das residências sociais são pouco valorizadas e o seu trabalho pouco reconhecido", argumenta o médico, que lidera aquela instituição particular de solidariedade social há mais de 32 anos.
No comunicado, a Fundação ADFP avança que, já este ano, vai criar uma data de homenagem "ao trabalho anónimo dos profissionais dos lares/residências e estabelecimentos de assistência social e saúde".
Com cerca de 700 colaboradores, 28% dos quais com "algum tipo de deficiência física ou mental", a instituição apoia, em residências, mulheres/mães em situação de pobreza, crianças "sem família", jovens e adultos com deficiência ou doença mental, idosos doentes em fim de vida, refugiados e pessoas "sem-abrigo".
Presta ainda outros serviços na área da educação, cultura, assistência social e de saúde de apoio à comunidade.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 124 mil mortos e infetou quase dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos, mais 32 do que na terça-feira (+6,%), e 17.448 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 514 (+3%).