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Exposições de Michael Nichols e Marco Longari em Coimbra

O programa do Prémio Estação Imagem, que decorre pela primeira vez em Coimbra, de 17 deste mês a 30 de maio, vai promover exposições de fotojornalistas internacionais como Michael Nichols e Marco Longari, anunciou hoje a organização.
Desde o primeiro dia do evento até 30 de maio, vão estar disponíveis ao público "nove grandes exposições", que vão ocupar diversos espaços da cidade, como o antigo refeitório de Santa Cruz, o Convento São Francisco, o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) e a antiga prisão académica da Biblioteca Joanina.
Por Coimbra, vão estar expostos trabalhos de vários fotojornalistas, como Michael Nichols, da National Geographic, Marco Longari, da Agence France-Presse, e Isadora Kosofsky, fotógrafa sediada em Los Angeles.
"São exposições bastante distintas. Mostra que há uma grande diversidade", disse à agência Lusa o diretor do Prémio Estação Imagem, Luís Vasconcelos, que destaca a exposição de Michael Nichols, "Uma Vida Selvagem", que vai estar presente na Sala da Cidade (antigo refeitório de Santa Cruz).
Para o diretor da Estação Imagem, Michael Nichols "é o mais importante fotojornalista ligado à natureza".
A exposição do fotojornalista da National Geographic, produzida pela Visa pour l'Image e apoiada pela Canon, é uma retrospetiva da carreira de Nichols, que acabou por culminar na publicação de um livro com o mesmo nome.
O triângulo amoroso de três idosos captado por Isadora Kosofsky, a história das lutas políticas em África, narradas através de fotografias de Marco Longari, a viuvez na Índia, pela lente de Amy Toensing, ou um retrato da comunidade cristã do Líbano, por Patrick Baz, são algumas das propostas das exposições que vão estar presentes em Coimbra.
A Estação Imagem traz também à cidade o argelino Ferhat Bouda, com a sua exposição sobre o povo berbere de Marrocos, bem como Niels Ackermann e o seu trabalho em torno da mais nova geração que nasceu após o desastre de Chernobyl, na cidade ucraniana de Slavutych.
O evento recebe ainda a exposição "Talibes", do fotojornalista da agência Lusa Mário Cruz - prémio Estação Imagem e World Press Photo, na categoria "Temas Contemporâneos", em 2016 -, sobre a exploração das crianças "talibés", escravas de "falsos professores" corânicos no Senegal, e "Arquipélago", do fotógrafo João Ferreira, projeto com que venceu a Estação Imagem 2017, na categoria "Vida Quotidiana".
Segundo Luís Vasconcelos, a edição deste ano conta "com mais exposições" e, pela primeira vez, a dinamização de duas oficinas.
Uma das oficinas será centrada em edição fotográfica, coordenada pela diretora de relações internacionais da Agência Europeia de Fotografia (EPA), Maria Mann, e a outra sobre reportagem fotográfica, com coordenação do fotojornalista Horacio Villalobos.
O prazo para candidaturas ao concurso da Estação Imagem termina no domingo e o nível de adesão "tem sido semelhante ao de anos anteriores", informou Luís Vasconcelos.
O presidente do júri da nona edição do Prémio Estação Imagem vai ser o espanhol Santiago Lyon, presidente do júri do World Press Photo 2013 e antigo diretor de fotografia da agência de notícias norte-americana Associated Press.
No júri do concurso deste ano, estarão também os fotojornalistas Sara Naomi Lewkowicz, Marco Longari e Tanya Habjouqa.
O evento ainda vai contar com exibição de documentários, conferências, um mercado do livro de fotografia e projeção de 'slideshows' de reportagens de World Press Photo, Agence France-Presse, Reuters e Associated Press, entre outros.
Coimbra é pela primeira vez a anfitriã deste festival de fotojornalismo, que, no passado, decorreu em Mora e em Viana do Castelo.
O ponto alto do evento será "a cerimónia de anúncio e entrega de prémios, que terá lugar no Convento São Francisco", a 21 de abril, disse a organização.
O festival deste ano é coorganizado pela Câmara Municipal de Coimbra, que se assume também como novo parceiro oficial do evento.
A exposição com as fotografias da nona edição do prémio vai depois ser inaugurada, a 02 de junho, na Galeria Pedro Olayo (Filho), no Convento São Francisco, onde vai estar até 10 de julho.