Teatrão em colaboração com dois maiores centros de investigação da Universidade de Coimbra
O Teatrão continua a celebrar os 49 anos do 25 de Abril e vai receber, na OMT, duas atividades paralelas às suas criações em parceria com os dois maiores centros de investigação da Universidade de Coimbra na área das ciências sociais e humanas: o CEIS20 e o CES.
A primeira das conversas decorre no dia 27 às 18h e surge também ligada às comemorações do 25 de Abril do Ateneu de Coimbra, sendo organizada pelo Plano Nacional das Artes no âmbito da iniciativa “Conversas na Comunidade”, em parceria com o CEIS20, a Liga dos Combatentes / Núcleo de Coimbra e Teatrão. “O 25 de Abril e os Militares” é o tema para este debate, que será moderado por Sérgio Neto (investigador do CEIS20) e conta com a participação de Catarina Gonçalves (psicóloga da Liga dos Combatentes), Isabel Craveiro (Teatrão), Pedro Esgalhado (militar reformado) e o elenco de "Os Cadáveres São Bons Para Esconder Minas". Os atores irão ler passagens do espetáculo, que servirão para provocar e enquadrar artisticamente a conversa, já que esta criação se centra na experiência de soldados portugueses durante a Guerra Colonial.
Já no dia 28, também às 18h, temos mais uma conversa no âmbito do ciclo "Democracia – um concerto em (r)evolução?”. Este ciclo está a acompanhar a digressão de “Revolution (Título Provisório)”, que irá a palco na OMT logo no dia a seguir. O tema para este debate é "Participação e Democracia" e é coorganizado com o projeto UNPOP/CES-UC, que tem vindo a dissecar as narrativas populistas e o seu impacto na população. O painel é composto Gonçalo Guerreiro (encenador e dramaturgo de "Revolution (Título Provisório)"), Marcela Uchôa (investigadora), Tiago Alves Costa (escritor) e Vanda Amaro Dias (investigadora), com moderação a cargo de Cristiano Gianolla (investigador responsável pelo projeto UNPOP).
A entrada é livre e aberta ao público geral. As atividades paralelas permanecem assim uma parte essencial da identidade do Teatrão, nas quais se dá voz à comunidade para debater ideias que informam a criação artística da companhia em espetáculos futuros. Com estas duas conversas, procura-se também estabelecer pontes entre a academia e o público, para que, neste encontro de ideias, possam surgir novas sensibilidades e entendimentos sobre a revolução e a nossa jovem democracia.