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𝗩𝗶𝘀𝗶𝘁𝗮𝘀 𝗢𝗿𝗶𝗲𝗻𝘁𝗮𝗱𝗮𝘀 à 𝗲𝘅𝗽𝗼𝘀𝗶çã𝗼 "𝙄𝙣𝙨𝙤𝙢𝙣𝙞𝙖", no Criptopórtico do Museu Nacional de Machado de Castro

  • Rua Castro Matoso, 18, 3000-104 Coimbra, Portugal Portugal (mapa)

𝗩𝗶𝘀𝗶𝘁𝗮𝘀 𝗢𝗿𝗶𝗲𝗻𝘁𝗮𝗱𝗮𝘀 à 𝗲𝘅𝗽𝗼𝘀𝗶çã𝗼 𝙄𝙣𝙨𝙤𝙢𝙣𝙞𝙖, 𝗱𝗲 𝗝𝗼𝘀é 𝗟𝘂í𝘀 𝗡𝗲𝘁𝗼 𝗲 𝗨𝘁𝗲𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗱𝗼 𝗖𝗲𝗻𝘁𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝗔𝗽𝗼𝗶𝗼 𝗦𝗼𝗰𝗶𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗣𝗶𝘀ã𝗼

— 25 OUT, 16:30–17:45
Jorge Cabrera
Programa Educativo CAPC/Anozero – Bienal de Coimbra

— 6 NOV, 16:30–17:45
Osvaldo Silvestre
Ensaísta, Professor da Faculdade de Letras/UC

— 6 DEZ , 16:30–17:45
Luís Umbelino
Filósofo, Professor da Faculdade de Letras/UC

— 17 JAN, 16:30–17:45
Carlos Antunes e Désirée Pedro
Direção e Curadoria CAPC/Anozero – Bienal de Coimbra

— 30 JAN, 16:30–17:45
Encerramento
José Luís Neto e Fernando Fadigas

A participação nas visitas é gratuita.

Fotografia: Jorge das Neves


«Insomnia»
José Luís Neto e Utentes do Centro de Apoio Social do Pisão
Instalação sonora de Fernando Fadigas

Até 02/02/2025

→ Criptopórtico do Museu Nacional de Machado de Castro

Inserida no programa convergente da 5.ª edição do Anozero – Bienal de Coimbra, com curadoria do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, esta exposição coloca em diálogo duas abordagens ao tema da identidade perdida ou reclamada. Numa primeira dimensão, apresentam-se cerca de 1500 autorretratos esculpidos em terracota pelos utentes do Centro de Apoio Social do Pisão. Este centro, que funciona em Cascais, acolhe em regime de internamento adultos com patologia psiquiátrica (275 homens e 65 mulheres). Mais de duas dezenas destes pacientes moldaram, em barro e em diferentes tempos, os retratos de si próprios, que agora são apresentados publicamente. A outra dimensão do diálogo da exposição parte dos portefólios 22474 e 22475, de José Luís Neto. Estes números designam a identificação de arquivo do trabalho do fotógrafo Joshua Benoliel, que, em 1913, regista a cerimónia de abolição do uso de capuz nas prisões em Portugal. Até então, e desde 1884, os reclusos usavam um capuz branco, com buracos para os olhos e para a boca, para evitar a sua identificação dentro da prisão. Benoliel capta os rostos no anfiteatro do estabelecimento prisional de Lisboa, primeiro encapuzados e depois sem capuz. A partir dessa imagem, em que os rostos têm um tamanho milimétrico, e através de um longo e meticuloso trabalho, José Luís Neto fotografa o grão e amplia a sua escala até criar uma visibilidade coerente, ainda que espectral.

Estas obras, no contexto do criptopórtico romano de Aeminium e da sua história — os seus ecos e os seus fantasmas —, ressignificam-se e adquirem uma solenidade imersiva.