Ao longo das três últimas décadas os Mão Morta têm tido sempre uma palavra a dizer no rumo do rock feito em Portugal. Com 15 álbuns de originais, a banda de Braga dividiu opiniões, criou alguns hinos geracionais e tornou-se um dos vértices máximos do rock nacional. Depois de criarem um espetáculo de dança com a coreógrafa Inês Jacques (2019), editaram com a música daí resultante o seu último álbum de originais, No Fim Era o Frio. Ultrapassada a epidemia, e após uma renovação na formação, os Mão Morta, numa decisão arrojada, levaram No Fim Era o Frio aos festivais de Verão, tocando de novo o álbum na sua sequência integral, a recriar em palco a distopia, o frio cosmológico e o vazio afetivo de que trata a narrativa, sem outro programa para além do mantra hipnótico tecido pela música. Agora, a juntar a No Fim Era o Frio, os Mão Morta revisitam alguns temas do seu património musical, a instalar o caos urbano e a decadência civilizacional que sempre os inspiraram e inquietaram.
Mão Morta/No Fim Era o Frio
produção Blue House, A Date With Lux
fotografia Nuno Borges de Araújo
auditório TAGV
duração aprox. 2h15 c/intervalo
M6
€18
€15