Luis Buñuel cineasta e escritor, foi considerado o primeiro a realizar um filme inteiramente surrealista, escrito e realizado em conjunto com o pintor Salvador Dalí, e que seria o seu primeiro filme, Un chien andalou (1929) que só seria possível devido a dinheiro emprestado pela sua mãe. Mas antes de experimentar o trabalho de realização, já tinha experimentado o cinema quando, no início dos anos 20, trabalhou em Paris como assistente do realizador Jean Epstein. Segundo Octavio Paz, o trabalho de Buñuel é “o casamento entre a imagem fílmica e a imagem poética, criando uma nova realidade, escandalosa e subversiva”.
Num delicioso livro a que chamou Le Réveil de Buñuel, Jean-Claude Carrière pega nas últimas palavras da autobiografia O Meu Último Suspiro, em que o cineasta diz que gostaria de a cada dez anos levantar-se de entre os mortos, comprar os jornais e conhecer o folhetim do mundo, e resolve aventurar-se para uma “conversa no túmulo” do amigo com quem trabalhou e conviveu muitos anos. Passam agora quarenta anos sobre a morte de Luis Buñuel (1900 – 1983), um dos nomes maiores da arte no século XX, e também decidimos “acordá-lo” para nós, para rever a sua obra em 24 filmes, uma obra que começou com um sonho e acabou com “um golpe de hipnotismo”, entre a França, a Espanha, o México e de novo a França. Com a sua verve, numa entrevista a Max Aub, Buñuel dizia que o aborrecia que falassem dele.
Passam agora quarenta anos sobre a morte de Luis Buñuel (1900 – 1983), um dos nomes maiores da arte no século XX, e também fomos “acordá-lo” para nós, para rever a sua obra em 24 filmes, uma obra que começou com um sonho e acabou com “um golpe de hipnotismo”, entre a França, a Espanha, o México e de novo a França. — Medeia Filmes
Ciclo Rever Buñuel (nos 40 anos da sua morte)
2 outubro 18h00 A bela de dia
9 outubro 18h00 O anjo exterminador
9 outubro 21h00 Este obscuro objecto do desejo
23 outubro 18h00 Viridiana
30 outubro 18h00 O charme discreto da burguesia
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