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Roberto Rossellini

Rossellini “inventou” o cinema moderno. Alain Bergala escreveu em 1984 (e ainda hoje é assim): um espectador que hoje em dia “entrasse em Stromboli, Viagem em Itália, Europa 51 ou ainda O Medo [de súbito], ver-se-ia envolvido numa obra abrasadora, directa como uma bala, devastadora, em resumo uma obra viva e moderna”. Já em 1955, o realizador Jacques Rivette, escrevia na sua célebre “Carta sobre Rossellini” (Cahiers du Cinéma): “Se considero Rossellini como o cineasta mais moderno, não é sem razão […]. Parece-me impossível não ver Viagem em Itália sem experimentar a evidência de que este filme abre uma nova brecha, e que todo o cinema deve passar por lá sob pena de morte. […] Aquando do aparecimento de Viagem em Itália, todos os filmes envelheceram, de repente, 10 anos.”
Rossellini foi também o “pai” e o “expoente” do neo-realismo italiano, era um homem e um criador inquieto, que não se acomodava, e mudou radicalmente o curso do cinema em termos de produção, de narrativa, de direcção de actores.
Depois de uma bem-sucedida “operação Rossellini” que em 2015 trouxe muitos milhares de espectadores para (re)ver o seu cinema em cópias digitais restauradas, os filmes estão aí de novo: 10 obras-primas realizadas em década e meia, a dos seus anos mais celebrados.
Como diz a frase que serve de subtítulo a este ciclo e que ouvimos no filme de Bernardo Bertolucci Prima dellarivoluzione: “Lembra-te, Fabrizio, não se pode viver sem Rossellini”. — Medeia Filmes

11 setembro 18h00 — Viagem em Itália
18 setembro 18h00 — Stromboli
25 setembro 18h00 — Roma, cidade aberta

€5
€3,5

Evento Posterior: 25 de setembro
Lá em Cima - Hong Sangsoo