O estilo eclético de Tó Trips mescla rock, blues e música tradicional portuguesa, tendo influenciado fortemente a cena musical do país. Conhecido pelo mundo inteiro por pertencer ao duo Dead Combo, Tó Trips envereda há mais de uma década por trabalhos a solo com traços autobiográficos, demonstrando todo o poderio de quatro décadas de ofício à guitarra, num caso de rara resiliência e constante inventividade.
“Guitarra 66”, editado em 2006, foi o seu primeiro disco a solo, cru e luminoso. Uma guitarra com gente lá dentro, tal como a do mestre Paredes, populada por memórias e vivências. Em 2015, lança “Guitarra Makaka – Danças a um Deus Desconhecido”, gravado com uma guitarra Resonator, normalmente associada aos blues de Bukka White, mas revisitada aqui através de um imaginário muito pessoal.
No ano passado editou “Popular Jaguar”, na Revolve. Disco de mistérios, silêncios, lugares, num mosaico vivido e pleno de lirismo, numa tessitura de acordes dolentes e notas que cortam com tudo aquilo que possa soar superficial. No fundo, Trips ao seu mais despojado, e curiosamente mais aberto. Sempre ele.
14 — DEZ
18H00
10€
Seminário Maior de Coimbra (Rua Vandelli 2, Coimbra)