cinema
Um Quarto na Cidade
De Jacques Demy
€5 — €3,5 com descontos
Nantes, 1955. É a história de uma paixão. Os estaleiros navais estão em greve. François Guilbaud, metalúrgico, noivo de Violette, encontra uma mulher vestida com um casaco de pele, Edith. Apaixonam-se. François não sabe que ela é a filha de La Colonelle, a quem ele aluga um quarto na cidade. Edith tem um marido ciumento, Edmond. A greve pelo direito ao trabalho vai aumentando e tornando-se mais violenta.
Jacques Demy (França, 1931) inspirado pelos musicais clássicos de Hollywood e pelas particularidades estéticas da Nouvelle Vague, Jacques Demy desenvolveu um estilo de realização distinto dos seus contemporâneos. Ficou célebre pelos seus filmes repletos de cores brilhantes, em que as personagens partem, subitamente, para a canção, como em Os Chapéus de Chuva de Cherburgo (1964) e As Donzelas de Rochefort (1967), e atravessam o universo da sua filmografia, em Lola (1961) e Model Shop (1969). Enquanto alguns dos seus companheiros da Nouvelle Vague dedicaram-se, mais tarde, a um cinema de cariz crítico e, por vezes, imensamente político, Jacques Demy criou, ao longo da sua carreira, mundos encantados caracterizados pela sua imaginação poética e evocação de sentimentos como a nostalgia e a inocência infantil, mantendo-se fiel ao romantismo dos seus projectos juvenis.
Título original Une Chambre en ville
Origem França, 1982 (estreia 09.01.2025)
Com Dominique Sanda, Richard Berry, Danielle Darrieux, Michel Piccoli
Cópia digital restaurada
Berlin International Film Festival 1984 Escolha Oficial
International Film Festival Rotterdam 1983 Escolha Oficial
San Sebastián International Film Festival 2011 Escolha Oficial
New York Film Festival 1991 Escolha Oficial
auditório TAGV
duração aprox. 1h28
Bilheteira / atendimento presencial segunda a sexta-feira 14h00 — 17h00 / 17h30 — 20h00; em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois encerrada aos sábados, domingos e feriados
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Entre o sonho e a realidade: a grande retrospetiva de Jacques Demy
Destino e coincidência, amores perdidos e romances clássicos emergem nos seus filmes, unidos pelas personagens cujas vidas se cruzam e são referidas em várias obras.
Jacques Demy distinguiu-se dos cineastas da Nouvelle Vague ao filtrar o seu formalismo auto-reflexivo através de narrativas profundamente emotivas e poderosas.
Flutuando entre o musical e o melodrama, Demy adaptou e tornou sua a herança do cinema clássico americano, em particular o artificialismo do musical e das comédias ligeiras, num estilo refinado e colorido.
Longe de ser mero artifício, os momentos musicais, concebidos com a música de Michel Legrand, tornam-se vias de entrada para a alma das personagens.
Ao longo da sua carreira, a imaginação poética de Demy criou um universo próprio, situado entre o sonho e a realidade, marcado por uma forte geografia afectiva: encontros e desencontros, amor dado e negado, sonhos concretizados e sacrificados.