Paraíso
De Sérgio Tréfaut
Todos os dias ao cair da tarde, mulheres e homens quase centenários reúnem-se para cantar antigas canções de amor nos jardins do Palácio do Catete – Rio de Janeiro. São sobreviventes de um Brasil que desaparece. As suas vidas e os seus cantos são subitamente interrompidos pela pandemia de coronavírus. Este filme é uma homenagem à beleza de uma geração dizimada.
Eu nasci no Brasil e deixei o país quando era adolescente. Voltei após mais de 40 anos de ausência. Procurei reencontrar o que ficou de um país que eu guardava na memória. Filmei nos jardins do Palácio do Catete. Pouco antes da pandemia. Sede do governo brasileiro até a construção da nova capital, mais conhecido como local fatídico onde o presidente Getúlio Vargas pôr fim à vida, o Palácio do Catete é hoje Museu de República. Até março de 2020, costumava receber nos seus jardins uma população encantadora de náufragos. Pessoas por quem o tempo não parecia ter passado, verdadeiros sobreviventes de um outro Brasil. As personagens deste filme são simultaneamente anónimas e verdadeiras estrelas. Brilham com uma luz especial, que atravessa gerações. Reuniam-se todos os dias para cantar e partilhar o seu amor pela vida. Tinham entre 80 e 100 anos e cantavam para ser mais felizes. Algumas ainda cantam. Outras foram levadas pela pandemia. Paraíso é o retrato de um país que se apaga. Sérgio Tréfaut
origem Portugal, Brasil
auditório TAGV
duração aprox. 1h25
M6
€5
€3,5
< 25, estudante, > 65, comunidade UC, rede alumni UC, grupo ≥ 10, desempregado, profissional do espetáculo, parcerias
Bilheteira TAGV 1 hora antes dos espetáculos e 30 minutos antes das sessões de cinema. Encerra 30 minutos após o seu início