O que ver no dia 18 de novembro Festival XXX Caminhos do Cinema
A programação de 18 de novembro no Festival XXX Caminhos do Cinema reflete a profundidade e a diversidade do cinema contemporâneo, desde narrativas históricas e ficcionais até produções ousadas que exploram identidade, amor e resistência. Alguns destaques dos filmes e atividades num dia onde ainda há lugar para a masterclasse «Atuar Entre Gerações e Culturas», com Valerie Braddell
Um dia de reflexão e emoção no Teatro Académico de Gil Vicente
Às 14h30, a Seleção Ensaios exibe obras que revelam talentos emergentes, incluindo «Golden Shower», de Stella Carneiro, onde a protagonista Sheila, uma jovem brasileira, recebe uma proposta inesperada do namorado português, explorando questões de desejo e poder. Em «A Rapariga Projectada», de Francisco Noronha, Teresa vive um dilema pessoal ao perceber algo estranho numa praia através de uma aplicação online. O filme é uma reflexão sobre fidelidade à própria natureza, inspirado em Eric Rohmer. Outras curtas internacionais, como «The Distance», de Daniel Guliyev, e «Die Letzte Wette», de Meike Wüstenberg, completam a sessão.
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Às 17h00, a Seleção Caminhos apresenta «53» de Sofia Borges, que mistura ficção e documentário para explorar o trauma do Massacre de 1953 em São Tomé e Príncipe, através de um diálogo entre um curandeiro e o espírito de um morto. Em seguida, «À Mesa da Unidade Popular» de Isabel Noronha e Camilo de Sousa, uma obra obra onde se olha para a história de Moçambique desde depois do 25 de Abril, filmando num lugar onde convergiram histórias, memórias e testemunhos, onde acontece o «revisitar o processo de construção de uma Nação e da utopia partilhada da construção de uma sociedade mais justa. Cada um de nós com sua identidade e sua cultura, a sua forma única e diversa de ser moçambicano».
Às 19h15, o destaque para «Conseguimos Fazer Um Filme», de Tota Alves, que retrata jovens tentando equilibrar seus sonhos pessoais e os desafios de uma vida digitalizada, e «00:00 MEIA-NOITE», de Ana Luís Quintão e Filipa Pereira Pinto, um ensaio poético sobre a juventude, a arte e as transições para a vida adulta.
Outro dos destaques do dia é a exibição de «Sempre», de Luciana Fina, às 21h30, com a presença da realizadora . Revisitar os 50 anos da Revolução dos Cravos é o ponto de partida desta obra monumental que reflete sobre a construção de um novo futuro. Esta sessão terá início com «Tão Pequeninas, Tinham O Ar De Serem Já Crescidas» (Tânia Dinis, 19′, PRT, 2024), com a presença da realizadora..
Casa do Cinema de Coimbra – Reflexões e Provocações
Às 15h00, a Seleção Filmes do Mundo traz «Empty Rooms», de Zhenia Kazankina, e «Almost Certainly False», de Cansu Baydar, oferecendo olhares internacionais que abordam temas de vazio e verdades desafiadas.
À noite, às 22h00, a Seleção Outros Olhares apresenta «A Cadeira do Fantasma», de Gonçalo Malaquias», um filme intrigante que questiona a memória e o invisível, e «Ospina Cali Colombia», de Jorge de Carvalho, um documentário que traça a herança cultural de Cali, na Colômbia.
Para encerrar, o Turno da Noite, às 23h59, exibe curtas provocantes como «If Only I Had a Dick», de Stoya, e «Pussy Pearls», de Erika Lust, que desafiam os limites da narrativa tradicional com ousadia e impacto visual.
«Atuar Entre Gerações e Culturas», com Valerie Braddell
Também na Casa do Cinema de Coimbra, às 17h30, será a vez de «Atuar Entre Gerações e Culturas», dirigida por Valerie Braddell, que examinará as transformações na interpretação ao longo de diferentes gerações. É uma oportunidade rara para compreender como uma atriz se adapta e evolui continuamente, mantendo-se relevante e contribuindo ativamente para o desenvolvimento do cinema português. Através da sua experiência com jovens realizadores em filmes de escola e produções independentes, bem como pelo seu trabalho com profissionais, Braddell oferece uma perspetiva única sobre como navegar diferentes métodos de trabalho e como construir sólidas relações profissionais. A carreira de Valerie Braddell atravessa o teatro e o cinema em Portugal e Reino Unido, tendo construído uma experiência de trabalho única com diferentes gerações de realizadores e atores desde produções do West End londrino até ao cinema português contemporâneo. Nesta masterclass, a atriz reflete sobre os desafios e as oportunidades de uma carreira internacional, a importância da formação contínua e o papel vital da colaboração intergeracional no desenvolvimento artístico.
Penacova – Cinema para Todas as Idades
Em Penacova, o dia começa às 10h30 com a Seleção Caminhos Juniores, trazendo curtas encantadoras como «A Menina com os Olhos Ocupados», de André Carrilho, e «Apocalypse Dog», de Aziliz Le Clainche, cativando o público jovem com criatividade e humor.
À tarde, o Programa Educativo apresenta obras que exploram temas educacionais e formativos, culminando com «O Melhor dos Mundos», de Rita Nunes, que mistura realidade e emoção de forma comovente.
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