Teatrão procura participantes para nova criação coproduzida com Metro Mondego e Municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo

O próximo projeto comunitário do Teatrão está já em curso e junta a companhia de teatro em parceria com a Metro Mondego e os Municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo. “Com que Linhas te Cruzas?” não só dá nome ao projeto como também à primeira de duas criações que daqui vão surgir. A estreia deste espetáculo está marcada para o dia 19 de setembro, na estação de Metrobus da Praça 25 de Abril e faremos mais duas apresentações em Coimbra, nos dias 26 de setembro e 10 de outubro. 

O Teatrão procura agora pessoas residentes em Coimbra com mais de 14 anos para participar neste espetáculo, quer sejam profissionais, amadores ou não tenham qualquer experiência artística: é bem-vinda toda gente que tiver vontade de entrar neste projeto sobre as linhas que podem mudar a vida desta cidade.

 

A encenação é de Marco Antonio Rodrigues, que trabalha com o Teatrão desde 2005, tendo encenado já dez espetáculos para a companhia, o último dos quais “Ti Coragem & Filhos Lda.” (2023), a partir de “Mãe Coragem” de Bertolt Brecht. É também o encenador brasileiro que estará a cargo dos ensaios com os participantes escolhidos a partir desta call

 

As inscrições estão abertas até 12 de julho através deste formulário: tinyurl.com/LinhasForm

Qualquer questão ou mais informações através dos contactos do Teatrão: info@oteatrao.com, 912 511 302 (rede móvel nacional) ou 239 714 013 (rede fixa nacional).

 

No âmbito deste projeto, o Teatrão tem também promovido várias oficinas com habitantes da Lousã, Miranda do Corvo, Moinhos e Serpins. Ao longo destes encontros, procuramos descobrir a história da relação das pessoas com a linha do comboio, as lutas travadas durante o interregno do projeto (e que acabaram com o serviço de comboio) e quais as perspectivas de relação futura com o novo modelo de transporte que irá surgir com o MetroBus. A próxima oficina decorre já no próximo dia 4 de julho às 19h, na Casa das Artes de Miranda do Corvo.

 

“Com que linhas te cruzas? Se pensares bem nisso, cruzamo-nos com imensas todos os dias. Há a linha que cose, a linha da cana de pesca, a linha que recorta o horizonte com formas de montanhas, e casas, e árvores, a linha que se repete por muitas linhas horizontais e verticais no caderno de matemática, a linha do tempo, a da vida, as linhas geocêntricas, geográficas, geopolíticas, linhas de água, linhas marítimas, terrestres, linhas de comunicação… Há ainda as linhas que transportam pessoas. Estas são as mais importantes. Já pensaste nisso? Então, pensa lá: se uma só pessoa se cruza em esta infinidade de linhas, imagina uma linha cheia de pessoas. É um emaranhado de linhas, de imagens de histórias, de vidas e de tempos que se cruzam numa linha só. É um mundo condensado num pequeno segmento desse mesmo mundo. Vamos descobri-lo juntos?” (Excerto da sinopse do espetáculo).

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