Os melhores concertos em Coimbra este mês
Não faltam espetáculos na cidade. Para não se esquecer de nenhum, tenha sempre à mão esta lista com os melhores concertos que vão acontecer em Coimbra em Outubro.
Com o recente processo de confinamento que Portugal e o mundo sofreu, sem dúvida que a tecnologia possibilitou ouvir qualquer música à hora que lhe apeteceu. A verdade é que não há nada que supere ouvir um concerto ao vivo. Se é apologista desta máxima e anda sempre às voltas com as agendas de espetáculos, o Coimbraexplore faz uma seleção das atuações que não poderá perder durante o mês de outubro:
IN.DIA | Hugo Gamboias e Diogo Passos
LOCAL: ANTIGA IGREJA DO CONVENTO SÃO FRANCISCO
DATA: 4 OUTUBRO, 18h00
Hugo Gamboias e Diogo Passos partilham a vontade de deixar um contributo na história da guitarra portuguesa, instrumento que ao longo da história se tem afirmado como a voz de um país. Depois de anos a tocar em conjunto o estilo que os uniu, o fado de Coimbra, em 2019, a convite do 10th Calcutta International Classical Guitar Festival, Hugo e Diogo começam a trabalhar num reportório de peças tradicionais a par com temas originais. A digressão na India serve de inspiração a um espetáculo baseado em temas originais e arranjos até agora inéditos.
A guitarra portuguesa que atinge a sua forma final no início do séc. XX é acompanhada pela tão conhecida guitarra clássica numa relação simbiótica que prevalece até aos dias de hoje. No contexto da música contemporânea Hugo Gamboias e Diogo Passos exploram novos caminhos apresentando um conjunto de temas originais onde mostram as suas inspirações desde a música tradicional até possíveis novos caminhos da guitarra portuguesa.
João Mortágua - AXES | Ciclo _desConcertos
LOCAL: CONVENTO SÃO FRANCISCO
DATA: 8 OUTUBRO, 21h30
AXES é o mais recente projeto do saxofonista e compositor João Mortágua, músico destacado como um dos valores seguros do jazz nacional. Tem tido nos últimos anos uma intensa atividade artística, tocando a música de Nuno Ferreira, Miguel Moreira, Filipe Teixeira, Bruno Pernadas, Alexandre Coelho, Nelson Cascais, André Santos, Carlos Bica e André Fernandes, entre outros. Editou ainda mais dois álbuns de sua autoria, "Janela” (2014) e "Mirrors” (2017). Com esta formação Mortágua explora as texturas de quatro saxofones e duas baterias, sem recurso a qualquer instrumento harmónico, propondo um resultado contemporâneo, profundamente marcado pela procura de uma linguagem artística própria, com a qual tem vindo a pautar toda a sua exploração musical.
"Pirâmide quadrangular assente em ripas estridentes. Fusão entre o erudito e o urbano. Ode ao pássaro citadino e à geometria pagã”
Sobre o álbum de estreia, editado em 2017, disse a crítica que é "um disco excelente de ouvir, (...) com ideias musicais muito interessantes de seguir” (jazz.pt), "cada melodia abre um caminho amplo, derrubando tudo à sua frente” (Bird is the worm); foi eleito ‘álbum do ano’ pela Jazz Logical; e mais recentemente, disse ainda Ian Patterson, da All About Jazz, na cerimónia de encerramento da European Jazz Conference: "Esta é alguma da música mais vanguardista a ser feita na Europa neste momento; os AXES são um exemplo da música nova que os festivais deveriam estar a celebrar nos seus cartazes."
Depois de atuarem em festivais como o Spring On! (Casa da Música), 8o Festival Porta Jazz (Rivoli), KM.251 (Ponferrada) ou o Internationales Jazz Festival (Muenster), ciclos como o de Jazz de Ponte de Lima ou o Jazz ao Largo (Barcelos) e espaços como o Gnration (Braga), o Salão Brazil (Coimbra) ou os Jardins do Palácio de Cristal (Porto), em 2019 marcaram presença nos festivais de jazz de Muenster, Suedtirol e Belgrado, para além do Angra Jazz, nos Açores. Ainda este ano voltarão a estúdio com o intuito de gravar o seu segundo álbum.
André Moreira Trio
LOCAL: LIQUIDÂMBAR
DATA: 9 OUTUBRO, 21h30
André Moreira, guitarrista natural de V. N. de Famalicão, prepara-se para gravar e lançar o seu primeiro disco, repleto de temas originais e algumas intrepertações de clássicos intemporais; tendo como base o Jazz, as suas composições têm ainda uma forte influência de outros estilos desde o MPB ao Hip Hop.
A Moreira, juntam-se Filipe Teixeira, o aclamado contrabaixista portuense, e Manuel Filgueiras, agora emigrado em Inglaterra na bateria.
Pedro de Tróia
LOCAL: SALÃO BRAZIL
DATA: 10 OUTUBRO, 21h30
À procura de se reconciliar consigo mesmo, Pedro de Tróia editou em Março de 2020 o seu disco de estreia a solo.
Depois de encabeçar uma das bandas mais criativas que a música portuguesa conheceu - Os Capitães da Areia - o cantor e compositor apresenta um incomum e assinalável trabalho, repleto de delicadeza e generosidade, com a elegância pop que o caracteriza, como fio condutor para uma descoberta que também é nossa.
Ao longo de dez canções, oferece-nos muito do que sonhou, do que perdeu, aquilo por que lutou e o que aprendeu. “Depois Logo Se Vê", com produção e arranjos de Tiago Brito, é de quem se dá inteiro e pode ser ouvido a partir de agora. Com o apoio da Fundação GDA.
Raquel Ralha e Pedro Renato apresentam The Devil’s Choice, Vol.II / Heavenly Tales
LOCAL: SALÃO BRAZIL
DATA: 17 OUTUBRO, 21h30
Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet e Mancines foram, ao longo dos anos, alguns dos projectos que juntaram Raquel Ralha e Pedro Renato. Em Outubro de 2016, a convite do programa Cover de Bruxelas, que emite semanalmente na Rádio Universidade de Coimbra, juntaram-se na Blue House, pela primeira vez como um duo, para gravar três ‘covers’ (“Nerves” dos Bauhaus, “Peek-A-Boo” de Siouxsie and The Banshees e “Right Now” de Herbie Mann / Mel Tormé).
O single de apresentação do disco chama-se “There Must Be An Angel” e é uma sublime versão do clássico dos Eurythmics, numa reencarnação perfeita de Raquel Ralha & Pedro Renato no saudoso duo formado por Annie Lennox e Dave Stewart.
O álbum será editado dia 16 de Outubro com selo Lux Records.
Esta quarta-feira, 15 de janeiro, das 18h00 às 19h00, voltamos a pôr os Pontos nos iii no programa de conversas com investigadores,