Coimbra 2027: Todas as terças-feiras se debate Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027

Foto: João Duarte | Jazz ao Centro 2020 | Chamber 4

Foto: João Duarte | Jazz ao Centro 2020 | Chamber 4

Coimbra tem um espaço onde se debate o futuro da cultura e da cidade/região de Coimbra. Inaugurado a 16 de junho de 2020 na página de facebook do projeto de Coimbra a Capital Europeia da Cultura em 2027, é um espaço de partilha e discussão sobre os caminhos a seguir na cidade que deseja ser o epicentro da cultura em 2027.

Todas as terças-feiras, entre as 12h00 e as 13h00 da tarde o grupo de trabalho que está a desenvolver a candidatura, tem vindo a convidar diversos atores, que ao longo dos tempos têm contribuído, de uma ou de outra forma para a oferta cultural da cidade e Região de Coimbra.

Por este espaço de diálogo e partilha já passaram quase meia centena de convidados que ao longo destes 6 meses deram o seu contributo, as suas experiências e a sua visão de Coimbra, que anseia ser cidade Capital Europeia da Cultura em 2027 juntamente com uma cidade da Letónia.

Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Leiria, Guarda, Oeiras e Viana do Castelo são as cidades que já manifestaram intenção em serem Capital Europeia da Cultura 2027. Portugal já teve 3 cidades Capitais Europeias da Cultura, em 1994 Lisboa, 2001 o Porto e em 2012 a cidade de Guimarães.

Apesar de algumas destas cidades já terem divulgado detalhes dos seus planos estratégicos, nenhuma candidatura foi ainda apresentada, porque o procedimento formal ainda não foi aberto.

Na última reunião, a 15 de outubro, com Ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou que a verba disponível para a candidatura vencedora será de 25 milhões de euros. No entanto, o financiamento deverá ir muito mais além disso, será importante definir uma estratégia de gestão tendo em vista a captação de recursos financeiros, de preferência envolvendo também a iniciativa privada.

A escolha da cidade vencedora será feita por um júri composto por dez peritos independentes, nomeados por instituições europeias, e para o qual Portugal escolherá dois elementos entre janeiro e junho do próximo ano. Em 2023, será anunciada a vencedora.

A candidatura de uma cidade a Capital europeia da Cultura é avaliada através de seis critérios:

1.     Estratégia a longo prazo:

  • Existência de uma estratégia cultural para a cidade;

  • Plano com vista ao reforço da capacidade dos setores cultural e criativo, incluindo o desenvolvimento de relações a longo prazo entre os setores cultural, económico e social;

  • Prever o impacto a longo prazo ao nível cultural, económico e social, incluindo o desenvolvimento urbano;

  • Planos para o acompanhamento e a avaliação do impacto do título na cidade candidata.

2.     Dimensão europeia:

  • Atividades que promovem a diversidade cultural da Europa, o diálogo intercultural e uma maior compreensão mútua entre os cidadãos europeus;

  • Atividades que realçam os aspetos comuns da cultura, do património e da história europeus, bem como a integração e os temas europeus atuais;

  • O âmbito e a qualidade das atividades em que participam artistas europeus, a cooperação com operadores ou cidades de diferentes países e parcerias transnacionais;

  • A estratégia para atrair o interesse de um vasto público europeu e internacional.

3.     Conteúdo cultural e artístico:

  • Uma visão e uma estratégia artísticas claras e coerentes para o programa cultural;

  • A participação de artistas e organizações culturais locais na conceção e na execução do programa cultural;

  • O alcance e a diversidade das atividades propostas e a sua qualidade artística global;

  • A capacidade para combinar o património cultural local e as formas de arte tradicionais com expressões culturais novas, inovadoras e de caráter experimental.

4.     Capacidade de execução:

  • Amplo e sólido apoio político, suportado por um empenho sustentável das autoridades locais, regionais e nacionais;

  • Infraestruturas adequadas, viáveis e sólidas.

5.     Alcance de públicos:

  • A participação da população local e da sociedade civil na preparação da candidatura e na execução da ação;

  • A criação de novas oportunidades sustentáveis, tendo em vista a participação e a presença de uma vasta gama de cidadãos nas atividades culturais, em particular jovens, voluntários e pessoas marginalizadas e desfavorecidas, incluindo as minorias, sendo dada especial atenção ao acesso a essas atividades por parte das pessoas com deficiência e dos idosos;

  • A estratégia global de alargamento do público, nomeadamente a ligação com o ensino e a participação das escolas.

6.     Gestão:

  • A viabilidade da estratégia de captação de fundos e do orçamento proposto;

  • A estrutura de governação e execução prevista;

  • A estratégia de marketing e comunicação;

  • A estrutura de execução que contemple a necessidade de pessoal com competências adequadas e experiência para planear, gerir e executar o programa cultural.

 

De forma sumária, os pontos assinalados, são o caderno de encargos para a construção de uma Candidatura a Capital Europeia da Cultura e naturalmente para o desenvolvimento harmonioso e salutar da vida cultural de uma cidade.

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