8 razões para este verão fazer férias em Coimbra

M///AKER /// Convento São Francisco _ FIO | memórias como matéria-prima | fotografia /// Miguel Oliveira

Quem já esteve ou vive em Coimbra certamente que pode autenticar o seu incrível encanto. Caracterizada por ser uma cidade altamente vincada pela sua matriz histórica e monumental, não deixa ninguém indiferente aquando da sua passagem. A verdade é que a cidade é muito mais do que isso, desde o céu ensolarado aos simpáticos habitantes e profissionais do comércio e hotelaria que o recebem de braços abertos para uma inacreditável experiência pelas ruas estreitas e margens do Rio Mondego.

Há tanto que explorar. Com mais de 2 mil anos de história, a cidade de Coimbra caracteriza-se por ser uma das mais antigas de Portugal, como tal, ao longo destes séculos as marcas deixadas são inúmeras e praticamente inesgotáveis.

Assim, perante a singularidade da cidade e as atuais limitações de circulação face à COVID-19 deixamos 8 motivos para o convencer a fazer férias em Coimbra este verão.

8 RAZÕES PARA VISITAR COIMBRA

1.    Alta da cidade de Coimbra

 A Alta da cidade de Coimbra constitui-se como um dos principais pontos turísticos da cidade de Coimbra, sendo classificada Património Mundial desde 2013. A Universidade de Coimbra assume um papel preponderante na zona mais alta da cidade. A Biblioteca Joanina é sem dúvida o seu ex-libris, no entanto são muitos outros os monumentos que poderão ser visitados, a Capela de São Miguel, o Antigo Palácio Real, o Museu da Ciência, as várias Faculdades e Departamentos, a Casa das Caldeiras, o Teatro Académico de Gil Vicente, o Museu Nacional Machado de Castro, a Sé Nova, a Sé Velha, entre muitos outros.

2.    Baixa da cidade de Coimbra

 Embora para muitos possa passar despercebido, a classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia Património Mundial não se esgota na Alta, mas também com a integração de 10 edifícios/monumentos na Baixa, situados essencialmente na Rua da Sofia. Nesta zona da cidade poderá encontrar o melhor do comércio tradicional, espaços museológicos e de programação e criação cultural, nomeadamente o Museu Municipal de Coimbra. Recomendamos vivamente uma aventura pelas ruas estreitas, mas cheias de vida, onde poderá encontrar o melhor da gastronomia da região.

3.    Parques, Jardins e praias fluviais

Estando ainda num processo de desconfinamento face à COVID-19, os espaços verdes e os jardins são altamente privilegiados para as saídas e passeios higiénicos. Coimbra detém uma enorme variedade e singularidade de espaços: a Quinta das Lágrimas, o Parque Verde do Mondego, o Parque DR. Manuel Braga, o Jardim Botânico, o Jardim dos Patos, o Penedo da Saudade, o Jardim da Sereia | Parque de Santa Cruz, os Jardins da Avenida Sá da Bandeira, o Jardim da Manga, a Mata Nacional do Choupal, entre muitos outros espaços verdes.

Sugestões para refrescar o corpo passam por uma ida à Praia Fluvial do Rebolim ou à praia Fluvial de Palheiros e Zorro, obviamente que com todos os cuidados e recomendações em vigor.

4.    Alojamento [ver sugestões]

Face ao crescimento que o turismo tem tido nos últimos anos em Portugal e respetivamente na cidade de Coimbra, a oferta e variedade foi-se multiplicando. A verdade é que com o Verão a chegar a passos largos, muitas pessoas ainda estão reticentes em marcar alguns dias fora de casa. Face a esta situação o Turismo de Portugal criou o selo “Clean & Safe”, que pretende dar segurança a todos aqueles que procurem estes espaços. Os empreendimentos turísticos devem cumprir uma série de requisitos para evitar a contaminação dos espaços e o contágio entre as pessoas com o vírus. A sugestão será ir acompanhando as medidas de proteção de cada uma das unidades hoteleiras.

Embora seja muito vasta a oferta em Coimbra, destacamos o Hotel Quinta das Lágrimas, por ser “um retiro de conforto e paz num palácio do século XVIII rodeado de 12 hectares de jardins históricos” ou ainda o Sapientia Boutique Hotel situado em plena zona histórica da Alta da cidade, coladinho à Universidade de Coimbra, com um pátio exterior e um rooftop com uma vista 360º para a cidade, rio e Universidade. Embora encerrado ao público face à COVID-19, esperemos que reabra muito em breve.

5.    Gastronomia [ver sugestões]

A cidade de Coimbra é conhecida pelas suas inúmeras tascas, onde de uma forma bastante tradicional poderá encontrar petiscos como as moelas, os ossos, o pica-pau, a raia de pitau, sempre com um bom vinho à mistura. Ao nível dos restaurantes podem-se elencar pratos típicos como a chanfana, o leitão assado ou o arroz de lampreia.

Por último, mas sem menos importância, destaque para a doçaria com fortes raízes nos vários mosteiros e conventos que existiram na cidade. Temos os pastéis de Santa Clara ou as Arrufadas, o Pudim das Clarissas, os Crúzios, o Bolo de Santo António ou mesmo os Biscoitos Académicos.

Embora não sejam oriundos de Coimbra, destaque para os famosos pastéis e queijadas de Tentúgal, as Nevadas de Penacova e ainda as Queijadas de Pereira que poderão encontrar-se à venda um pouco por todas as pastelarias da cidade.

6.    Convento São Francisco [ver programação]

Reaberto ao público a 8 de abril de 2016 com a vocação de Centro Cultural e de Congressos, o Convento São Francisco posicionou-se ao longo destes 4 anos no circuito das tours internacionais de grandes artistas/projetos, mas também ao nível dos grandes congressos. Encerrado ao público face ao COVID-19 prevê reabrir a componente cultural a partir do dia 4 de julho.

À semelhança do que tem acontecido nos anos passados, esperamos que dê seguimento ao projeto “Dar a Ouvir. Paisagens Sonoras da Cidade” que acontece durante os meses de Verão. O projeto é desenvolvido pelo Município de Coimbra/Convento São Francisco numa coorganização com o Serviço Educativo do Jazz ao Centro Clube. Nas edições anteriores o projeto contou com oficinas, workshops, instalações, exposições e concertos nos vários espaços do Convento São Francisco. Poderá acompanhar toda a programação em www.coimbraconvento.pt

7.    Arte Urbana

A arte urbana nos últimos tempos tem ganho um papel de relevo, do ponto de vista da atração na visita às diferentes cidades. Tendo a sua génese em atitudes de ilegalidade e transgressão, esta expressão artística tem despertado o interesse de entidades públicas e privadas.

Destaque para o projeto artístico FIO | MEMÓRIAS COMO MATÉRIA-PRIMA, que pretende recuperar através da arte urbana as memórias dos tempos do Convento São Francisco enquanto unidade de Lanifícios de Santa Clara.

Após as várias fases de desenvolvimento, o resultado final de FIO, traduziu-se na pintura dos rostos de pessoas ligadas à Fábrica, ao serem exibidos nas ruas da cidade, em localidades vizinhas e no interior do Convento São Francisco.

Recentemente, estudantes de Coimbra criaram uma aplicação onde é possível encontrar arte urbana pelas ruas. A aplicação Wander permite fotografar obras de arte urbana e registar a localização para que outros utilizadores as possam encontrar. “É uma mistura de Instagram com Google Maps.” Com este mecanismo poderá facilmente ir ao encontro do melhor que se tem feito em Coimbra ao nível da Arte Urbana.

8.    Localização estratégica

Coimbra situa-se na tradicional Beira Litoral, incluindo também concelhos das províncias da Beira Alta (dois concelhos) e da Beira Baixa (um concelho), fica 180km de Lisboa e a 130km do Porto, bem no centro do país. É possível estar na Figueira da Foz ou em Mira em cerca de 45 minutos, sendo possível fazer um dia de praia ou desportos náuticos e voltar ao final do dia a Coimbra.

Destinos como Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares, ficam também a poucos kilómetros de distância. Percursos pedestres, parques naturais, estâncias termais ou piscinas fluviais — tudo em segurança e no meio da natureza.

Não havendo ainda previsão de uma vacina ou ainda de um tratamento totalmente eficaz, o conselho que deixamos é o de passar as férias de verão de 2020 em Portugal. Sendo o sector do Turismo um dos principais afectados, esta poderá ser uma forma de todos contribuirmos para uma amenização dos efeitos, mas também uma boa oportunidade de (re)descobrir os tesouros do interior de Portugal.