"Histórias das Gentes da Baixa de Coimbra" por Nuvideia. Capítulo 4: Sr. Arlindo da loja Diorama
"Eu costumo dizer que já trabalhei mais de cem anos". Quem o diz é Arlindo de Almeida Santos, 79 anos, proprietário da loja Diorama, localizada na Rua dos Esteireiros da Baixa de Coimbra.
Arlindo aparenta ser uma pessoa de "poucas palavras". Mas quando começa a contar-nos a sua história, depressa percebemos que é só aparência. Natural de Seia, veio estudar para Coimbra e sonhava ser Engenheiro Mecânico. O destino trocou-lhe as voltas e um acidente acabou por afastá-lo dos estudos e aproximá-lo ainda mais da fotografia. "Ainda mais" porque a paixão pela fotografia começou cedo. Criança curiosa, aos 8 anos comprou um livro que explicava como fazer fotografias, começou a fotografar e, até hoje, mantém essa atividade. Conta que até enquanto cumpria o serviço militar obrigatório, "tirava fotografias todos os dias". Serviço cumprido em 1969. Em Janeiro de 1970 abria, então, a sua primeira loja: Studios Diorama, um estúdio fotográfico onde se faziam as fotografias passe: "Eram às dezenas". A loja ficava na Rua dos Sapateiros, uma das "ruinhas" da nossa Baixa onde outrora "as pessoas acotovelavam-se para passar", recorda Arlindo.
Foi pioneiro na revelação de fotografias a cores ao abrir a sua segunda loja, o primeiro laboratório industrial de fotografias em Coimbra. Trabalho não faltava, antes pelo contrário. Tinha 8 funcionários e, mesmo assim, foram muitas as horas que ficou a dever à cama para conseguir dar resposta a todas as solicitações que tinha. A máquina de impressão, que ainda hoje guarda, chegou a imprimir seis mil fotografias por hora e é a prova viva desses tempos. Fazia as fotografias de toda a região centro. "Eram quilos de fotografias que despachávamos, por dia, nas carruagens correio. Hoje estou aqui sozinho...".
Em 1977 abriu a sua terceira loja, onde conversámos, e a única que hoje mantém. Nesse dia tinha assistido a uma reportagem sobre profissões desaparecidas. "Com o avançar das tecnologias e a massificação dos telemóveis, o Fotógrafo Profissional também vai desaparecer", partilha convicto da sua afirmação.
De facto, hoje, o trabalho já é muito pouco mas o surpreendente é que, ainda assim, Arlindo abre as portas da Diorama às 9:30 da manhã e, muitas vezes, só as volta a fechar à uma da manhã. Sim, leu bem. São quase 16 horas. Mesmo na Pandemia, Arlindo só conseguiu ficar um dia e meio em casa. Justifica-se com a necessidade de fazer a manutenção das máquinas, "como trabalham pouco, maior é a necessidade de fazer a manutenção, não podem estar paradas". "Arlindo, está a lutar pela sobrevivência destas máquinas" respondemos. "E pela minha", acrescenta. E quando não está a fazer a manutenção das máquinas dedica-se àquela que sempre foi, a par da fotografia, a sua grande paixão: a engenharia. Cria novas peças a partir de peças antigas da qual é exemplo a máquina fotográfica que nos mostra e que nasceu das suas próprias mãos. Pelo meio, atende alguns clientes que o procuram sobretudo para reproduzir fotografias antigas.
"Gosto de fazer retratos das pessoas", "Gostava", corrige. "Hoje não faço nenhum". Mas fechar as portas está fora de questão. Arlindo partilha que a reforma é muito pouca. Perguntámos "e se fosse suficiente, fechava as portas"? Questão à qual respondeu com um redondo "não" seguido de um sorriso como quem diz "as meninas já perceberam que esta é a minha vida". Já sim, Arlindo.
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