"Histórias das Gentes da Baixa de Coimbra" por Nuvideia. Capítulo 12: Dona Celeste
Fomos conhecer a D. Celeste, atual proprietária de uma das lojas mais antigas da Rua das Figueirinhas. Tudo começou com uma drogaria e, hoje, é uma loja de confeção. Mas vamos por partes que não queremos que vos escape nada.
Nascida e criada na aldeia de Maçãs de Dona Maria, foi aos 24 anos que a D. Celeste saiu do lugar que a viu crescer pela primeira vez. Veio então para Coimbra no dia do seu casamento. Conta-nos que não sabia fazer nada além de cuidar da casa e da terra. Por isso, é fácil acreditar que nunca lhe passou pela cabeça que o futuro lhe reservasse uma vida dedicada ao negócio e em que se tornaria numa verdadeira empresária.
Estava casada há dois meses quando os antigos patrões a foram visitar a casa, num domingo à tarde, a saber se gostaria de ir trabalhar para a drogaria. O seu patrão era farmacêutico e calista e precisava de uma funcionária. Rapidamente respondeu que sim mas não sem avisar que não sabia nada sobre o negócio e que teria de aprender tudo.
Mas isso não foi um problema, não foi mesmo. Parecia que a D. Celeste tinha feito este trabalho toda a vida. Em poucos dias já tinha inúmeras responsabilidades na drogaria e foi percebendo que ali era o seu lugar. Fez algumas mudanças, foi trazendo artigos novos e cada vez mais ia entendendo o que era “um bom balcão”. À sua volta iam percebendo o mesmo e começou a ser desafiada para ir trabalhar para a concorrência. Com receio que isso acontecesse, apenas cinco anos depois de estar na loja, os patrões deram-lhe 50% do negócio sem ter de pagar nada. Ou melhor, sem ter de pagar em dinheiro. A D.Celeste pagou sim mas com uma coisa muito mais preciosa, o seu trabalho!
Com o patrão aprendeu não só o negócio e o atendimento ao balcão como também a atividade de calista que se mantém até aos dias de hoje. Os anos eram de ouro para a Baixa de Coimbra. “Havia tanta gente, tanta gente a passar nestas ruas”, recorda. Por isso e apesar de não ter dinheiro, quando o patrão, aos 93 anos, se quis reformar e desfazer-se dos seus 50% do negócio, pediu emprestado uma parte, renegociou a forma de pagamento do restante e começou assim a sua carreira a solo como empresária.
Orgulha-se de sempre ter tido olho para o negócio. Assim sendo, quando pagou as dívidas referentes aos restantes 50% da sociedade, não pensou duas vezes e ficou com o trespasse da loja do lado onde colocou artigos de criança. Uma aposta ganha, diz-nos. Contratou duas funcionárias e foi ver o negócio crescer. É com saudade que lembra que não tinham mãos a medir, “havia dias que não tínhamos tempo nem para comer uma sandes”. À luz dos dias de hoje é difícil imaginar uma Baixa assim, não é?
Os anos foram passando, a cidade foi se transformando e começaram a aparecer cada vez menos pessoas na Baixa. O negócio está longe do que já foi em tempos. A loja de criança entretanto fechou e a D. Celeste mantém apenas a “loja mãe” com artigos de confeção: saias, blusas, casacos, batas, aventais… Para além disto tem, também, alguns artigos mais direcionados para os turistas. Mas é na sua atividade como calista que atualmente ocupa grande parte do seu tempo.
A D. Celeste tem 77 anos. Começa aos poucos a perceber que em breve é hora de fechar a loja. Mas não põe a hipótese de ficar em casa. “Vou ser voluntária de alguma coisa, não gosto de estar parada”. Uma verdadeira inspiração esta D. Celeste.
Estávamos quase a dar por terminada a nossa conversa quando entrou uma turista inglesa para comprar um íman. Assistimos deliciadas a esta troca em que a D. Celeste, sem entender nem dizer uma única palavra em inglês, fez a venda na perfeição com simpatia e carinho. Terminou com a turista a dizer “obrigada, xau” de sorriso rasgado nos lábios. E nem a propósito percebemos “in loco” o que é ser um bom balcão.
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